DADOS COLECTIVOS PORTUGAL NO MUNDIAL-2010 (Médias por Jogo)
ELEMENTOS | FASE de APURAMENTO | FASE FINAL (toda) | FASE FINAL SEM JOGO COM COREIA DO NORTE |
1. Golos Marcados | 1.58 | 1.75 | 0 |
Pequena área | 1.41 | 1.75 | - |
Bola parada | 0.25 | 0 | - |
2. Remates | 17.91 | 12 | 8 |
Grande área | 9.41 | 4.75 | 1.66 |
No alvo | 7.5 | 5.25 | 2.66 |
Perigoso | 8 | 4.25 | 1.33 |
3. Passes de ruptura | 8.75 | 5 | 2 |
4. Perdas de Bola | 42.25 | 34.5 | 37 |
5. Recuperações de Bola | 42.9 | 38.75 | 37 |
Recuperação bola campo adv. | 9.5 | 6.5 | 5.3 |
6. Cruzamentos | 22.3 | 14 | 10 |
7. Cantos | 7.8 | 4 | 3.66 |
8. Faltas Cometidas | 13.4 | 15.5 | 15.66 |
9. Faltas Sofridas | 17.5 | 11.75 | 14.33 |
Fonte: FOOTBALL IDEAS
Na FOOTBALL IDEAS temos a noção de que a estatística só é útil se for interpretada - porque se não corremos o risco de que nos lembrem constantemente a piada que refere a estatística como sendo a "ciência que diz que se eu comi um frango e tu não comeste nenhum, teremos comido, em média, meio frango cada um"?
Pois bem é mais ou menos o que se passa com o balanço estatístico da participação portuguesa no Mundial-2010. A equipa até marcou em média quase 2 golos por jogo...Pena que todos tenham sido obtidos no mesmo (com a Coreia do Norte) e nenhum nos outros três jogos.
Algo de semelhante acontece com os dados de remates, passes de ruptura, cruzamentos, etc. Em média, os números não são maus - em alguns casos até ao nível da fase de apuramento - mas se retirarmos os números do jogo contra os coreanos o cenário que se nos apresenta é absolutamente confrangedor.
Nos jogos com Costa do Marfim, Espanha e Brasil, a selecção nacional foi, em termos ofensivos, quase nula, de uma pobreza franciscana, pouco ou nada jogando, raramente finalizando (quase sempre de fora da área, sem acertar no alvo e/ou criar perigo), como se pode ver no quadro anexo.
Não chegar a dois remates dentro da área adversária em média por jogo diz bem da inofensividade e falta de profundidade do nosso ataque; não chegar a realizar três remates enquadrados na baliza contrária torna quase impossível o sucesso; e pouco ultrapassar um remate perigoso por jogo é no mínimo ridículo e torna qualquer esperança de ir longe na competição uma verdadeira anedota. E já nem se fala do que significa fazer em média por jogo dois passes de ruptura.
Bem se pode dizer que tivemos o azar de defrontar neste três jogos (de um total de quatro) o 1º e o 2º do ranking e ainda uma selecção que era a 10ª favorita para as casas de apostas, sendo o Brasil e a Espanha primeira e segunda.
Tudo isso é uma realidade. Mas quem quer brilhar num campeonato do Mundo tem no mínimo que jogar algum futebol.
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