IDEIAS FORTES DO MUNDIAL DE ÁFRICA E DA PARTICIPAÇÃO PORTUGUESA

com base nas análises estatísticas e históricas da FOOTBALL IDEAS

sexta-feira, 2 de julho de 2010

QUANDO A ESTATÍSTICA PODE SER UMA BATATA...





DADOS COLECTIVOS PORTUGAL NO MUNDIAL-2010 (Médias por Jogo)
ELEMENTOS
FASE de APURAMENTO
FASE FINAL (toda)
FASE FINAL SEM JOGO COM COREIA DO NORTE
1. Golos Marcados
1.58
1.75
0
Pequena área
1.41
1.75
-
Bola parada
0.25
0
-
2. Remates
17.91
12
8
 Grande área 
9.41
4.75
1.66
No alvo
7.5
5.25
2.66
Perigoso
8
4.25
1.33
3. Passes de ruptura
8.75
5
2
4. Perdas de Bola
42.25
34.5
37
5. Recuperações de Bola
42.9
38.75
37
Recuperação bola campo adv.
9.5
6.5
5.3
6. Cruzamentos
22.3
14
10
7. Cantos
7.8
4
3.66
8. Faltas Cometidas
13.4
15.5
15.66
9.  Faltas Sofridas
17.5
11.75
14.33

Fonte: FOOTBALL IDEAS




Na FOOTBALL IDEAS temos a noção de que a estatística só é útil se for interpretada - porque se não corremos o risco de que nos lembrem constantemente a piada que refere a estatística como sendo a "ciência que diz que se eu comi um frango e tu não comeste nenhum, teremos comido, em média, meio frango cada um"? 


Pois bem é mais ou menos o que se passa com o balanço estatístico da participação portuguesa no Mundial-2010. A equipa até marcou em média quase 2 golos por jogo...Pena que todos tenham sido obtidos no mesmo (com a Coreia do Norte) e nenhum nos outros três jogos.


Algo de semelhante acontece com os dados de remates, passes de ruptura, cruzamentos, etc. Em média, os números não são maus - em alguns casos até ao nível da fase de apuramento - mas se retirarmos os números do jogo contra os coreanos o cenário que se nos apresenta é absolutamente confrangedor.


Nos jogos com Costa do Marfim, Espanha e Brasil, a selecção nacional foi, em termos ofensivos, quase nula, de uma pobreza franciscana, pouco ou nada jogando, raramente finalizando (quase sempre de fora da área, sem acertar no alvo e/ou criar perigo), como se pode ver no quadro anexo.


Não chegar a dois remates dentro da área adversária em média por jogo diz bem da inofensividade e falta de profundidade do nosso ataque; não chegar a realizar três remates enquadrados na baliza contrária torna quase impossível o sucesso; e pouco ultrapassar um remate perigoso por jogo é no mínimo ridículo e torna qualquer esperança de ir longe na competição uma verdadeira anedota. E já nem se fala do que significa fazer em média por jogo dois passes de ruptura.


Bem se pode dizer que tivemos o azar de defrontar neste três jogos (de um total de quatro) o 1º e o 2º do ranking e ainda uma selecção que era a 10ª favorita para as casas de apostas, sendo o Brasil e a Espanha primeira e segunda.


Tudo isso é uma realidade. Mas quem quer brilhar num campeonato do Mundo tem no mínimo que jogar algum futebol.

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